terça-feira, 15 de abril de 2014

Como a Pomba

 
 
 
 
Como a pomba que tu vês,
Toda de branco vestida,
Matando a sede, elegante,
No regato da Avenida.
 

Sua cauda, armada em leque,
Tem formosa pena preta.
Tu sabes que é sempre a mesma,
Linda pomba lisboeta.
 

Por perto um pombo arrulha,
Atento, enamorado.
Porém, retira-se a pomba
Sem olhar o apaixonado.
 

Ontem o pombo atrasou-se
E a pomba branca, nervosa,
Dum lado, andava, pró outro,
Inquieta, receosa.
 

Tal e qual, quando não vejo
Meu amor perto de mim,
A pomba atentava ao longe,
Procurando-o no jardim!
 
 
 
Maria da Fonseca


3 comentários:

  1. Boa noite minha amiga querida! Que versos delicados, fiquei encantada, meu abraço afetuoso, Efigenia

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  2. Olá, Maria da Fonseca!

    Namoro de pombos e pombas,serviu de mote para mais um bonito poema. E também para falar de outros amores - estes coisa bem mais séria...

    E termino aqui deixando os meus votos de Uma Feliz Páscoa, e que traga ela só coisas boas.

    Um abraço amigo
    Vitor

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  3. E que pomba tão bonita e ainda por cima enamorada.
    A amiga, como sempre, fazendo um belo poema.
    Feliz e Santa Páscoa, amiga.
    Bj.
    Irene Alves

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