sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Revendo o Tejo

 
 

 
 

Que lindo o Tejo encantado
Nesta tarde outonal,
O Sol na água espelhado,
O vento a agir informal.
 
 
Atravessando o rio,
Diligentes cacilheiros;
Vai pró mar alto um navio,
Rumo aonde há coqueiros.
 
 
Tem jovens a velejar
A animar minha vista,
E barquinhos a singrar
Com perícias de artista.
 
 
A ponte pênsil por perto,
Ao longe o Cristo-Rei.
O céu só meio encoberto,
Horizonte que amarei.
 

Minha Lisboa briosa
Donde há anos eu parti,
Agora 'stás mais formosa,
Mato a saudade de ti.
 
Maria da Fonseca

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Inspiração do Artista

 
 
 
 
foto de Maria João Costa
 
 
 
A natureza a inspirar
A criação do artista
Desde as mais antigas eras
Até agora, benquista.
 
 
Com preparos e pincéis
Desenvolvia o pintor
Linda tela matizada
Com mão firme e muito amor.

 
Mais aéreo, o poeta
Recitava seduzido
Pelo ameno céu azul,
A desejar ser ouvido.
 
 
O músico, mui sensível,
Preparava a melodia
Que o cantor realçava
Num momento de magia.
 
 
E tranquilas bordadoras
Com suas mãos delicadas
Ornavam de finas flores
Ricas toalhas cuidadas.
 
 
A belas fotografias
Temos vindo a ter acesso,
Coloridas, radiosas,
Graças ao nosso progresso.
 
 
A arte sempre evolui
Fiel à mãe natureza,
Os artistas possuídos
Pelo sentir da beleza.
 
Maria da Fonseca