Ora chove, ora faz Sol
Nesta primavera fria,
Nem escuto o rouxinol
E esqueço que sou Maria.
Do Minho até aos Algarves,
Um aguaceiro fustiga
As folhas novas das arves.
Não trato a chuva de amiga.
O céu está bem forrado
De espessas nuvens cinzentas,
Mas breve 'stará azulado
Ao se afastarem atentas.
Rama molhada, brilhante,
Joga ao sabor da nortada,
O Sol a impor cambiante,
Eu quedo-me enfeitiçada...
E logo volta a chover,
O vento norte não cede,
Vejo as flores a sofrer,
Meu poema não sucede.
O inverno foi embora
E não me deixou saudade.
Mas em Maio, mesmo agora,
Pouco mudou na verdade.
Ora chove, ora faz Sol
Nesta primavera fria.
Cante pronto o rouxinol
Pra lembrar que sou Maria.
Maria da Fonseca
Olá, Maria!
ResponderEliminarTambém acho que sim; que este tempinho nunca mais se resolve; uns dias chuva, outros sol, e ainda outros assim, assim...
Já quanto ao cantar do rouxinol, é música que por aqui não se ouve; reina o melro madrugador a anunciar o dia que ainda vem longe - e que por vezes também me acorda,ainda que não seja por mal...
Bom restinho de fim de semana, com ou sem sol.
Abraço amigo
Vitor
E parece que no próximo fim de semana volta a chuva.
ResponderEliminarMas a amiga tira sempre proveito das situações para
se inspirar e escrever os seus maravilhosos poemas.
Bj.
Irene Alves